quarta-feira, 1 de agosto de 2007

12º Corte ( - Áhlima sentiu os ossos gelarem. - )

Não sabia se era exatamente por medo ou culpa da atração física que despontou repentinamente pelo rapaz.

Os olhos claros de Júlio estimularam seus mais profundos instintos.

Ele, diferente dos adolescentes magros que podia facilmente encontrar no colégio, era forte, ombros largos, rijos, os músculos definidos por baixo da pele.

O rosto lembrava um daqueles atores-modelos de seriados populares de televisão. Uma expressão angelical definia sua face. Havia quem dissesse ser grosseria comparar Júlio a qualquer outra pessoa, porque, para as garotas da escola (e alguns “rapazes”), Júlio era perfeito.

Além disso, a última coisa de que Áhlima precisava era escoriações e projéteis alojados no corpo.



“Ele é um garoto, certo?... Certo” uma gota de suor frio desceu pela têmpora de Áhlima, “Garotos gostam de garotas, certo?... Certo. O que tenho que fazer é me aproveitar disso, certo?...”.

Áhlima não tinha uma arma, mas um bisturi que roubara do laboratório de ciências. Definitivamente não seria útil agora. Entretanto, nunca seria capaz de ferir um centímetro daquele rosto tão lindo. Perfeito.

Era esquisito afirmar, mas ela desejava Júlio imensamente e tinha muito medo disso.

“E aí menininha, você não sabe falar? Não adianta tentar me enganar, menininha, porque eu ouvi muito bem você chamando a mim e meus parceiros de idiotas”.

As mãos de Júlio enrijeceram. Queriam envolver o punho da arma, queriam apontar para aquela menininha insolente, queriam pressionar o gatilho lubrificado e atirar, só uma vez.

“É mais saudável você me responder, ou vai ficar mais enrolada do que está”.

“Não. Não, cara! Não é nada disso que você está imaginado! Eu só pensei alto demais...”.

De um lado a outro; nenhum sinal de inspetor para salvar sua vida.

“Júlio. É esse seu nome, não é? Eu nunca me atreveria a chamar uma pessoa do seu tamanho de idiota.”

Tinha certeza que o volume nas calças do rapaz era uma arma. Sim, era uma arma. Fria, metálica, assassina.

Aos poucos o refeitório se esvaziou. Os adolescentes saíram sem olhar pra trás, atravessando a porta que dava para o pátio, até só restar Jonas, Iúre e uma dúzia de amigos de Júlio no lugar.




“Estamos a sós, menininha...”, mentira, uma faxineira observava tudo apoiada numa vassoura, como se fosse um filme. “Não adianta tentar me enrolar, eu ouvi muito bem você chamando todo mundo de idiota, que não ia ficar perdendo tempo olhando pra nossa cara... eu fiquei muito sentido com esse destrato...”

Júlio parecia um belo anjo cruel no juízo final. E Áhlima, um cervo, momentos antes de ser abatido pelo machado.

“É melhor você vir comigo, lá fora tem mais espaço pra resolvermos esse negócio”.

Tarde demais para correr. Os outros a cercaram antes que pudesse pensar em fugir. Não havia mais para onde ir. Não havia mais nada. Ela sabia que ia morrer.

“CARA! PELO AMOR DE DEUS! EU NÃO ESTAVA FALANDO COM VOCÊ!”

“Odeio ser grosso, mas também odeio ser taxado como um idiota por uma qualquer que nem você, ...você também não tem idéia de com quem esteja falando. Infelizmente não foi só eu quem escutou a ofensa, por isso vamos ter que resolver agora. Vem comigo, menininha...” Júlio falava serenamente como uma brisa, “Exceto se você...”

“Se você o quê...?”

“Tem uma coisa que eu quero de você”.

“Fala! Qualquer coisa pra não ter mais problemas!”

“Nada demais, menininha”.

“Sim, o quê?! Diz logo!”

“Eu só queria sua vida, e isso eu já vou tirar a força mesmo, então não tem nada que me interesse...”.

As gargalhadas reverberaram no recinto abafado. Os amigos de Júlio sempre riam como hienas antes de alguém morrer. Um dogma religioso característico do grupo de amigos armados.

“Agora, se mexa, garota e venha conosco. Eu não trouxe meu silenciador...droga.”

Áhlima já havia armado as unhas e os dentes no meio da tremedeira. Estava disposta a se sacrificar, contanto que desfigurasse Júlio com seu inefável rosto. Daria um belo prejuízo.







Mas Iúre, que assistia a tudo indignado, gritou de repente:

“Ela vai com você PORRA nenhuma, seu maldito desgraçado!!







POST SCRIPTUM: Aqueles que desejarem, podem também visitar a comunidade de Carne Humana e falar o que quizer! O endereço é:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=26514722

16 comentários:

Unknown disse...

lol
iúre e do mau
tem q matar geral
lek ta rox a historia
auhauhauhauh

peri disse...

Espero que signifique que está boa...ehehe!
Vou me esforçar pra ficar cada vez melhor pra você, cara!

Anônimo disse...

Ih Terror,Iuree é Matadô.
Iuriii acaba com eleeeeeees.
Mostra a sua forçaaaaaaaaaaaaaa
dalhe Iureeeee.

Estou tão empolgado que nem criticas sei mais fazer,nem elogios,só sei que fui tomado e esqueço que isso foi criado por um amigo meu e penso como um video de alguma escola na vida real.
Torçendo para Iure acabar com o bonitão.
Posta o próximo logo PORRRA
Mostra Iuri botando pra quebrar o publico pede!
Não sei definir meu estado além de torcer para Iure

Jonatas Tosta disse...

Camila:
GOSTEI MT...
ESTÁ INTERESSANTE...
KERO LER LOGO O RESTO....

Pedro Sasse disse...

Júlio é foda! Um verdadeiro algoz urbano! Se essa vadia estragar o rosto dele, ele acaba com ela!

Jonatas Tosta disse...

As opiniões se divergem, mas o Caos sempre há de imperar, meus amigos leitores...

Anônimo disse...

com certeza...
eh so avisar qnd for lançar...rs
a historia ta mt boa...
sera q vem um caso de amor por ai?
tomara
bjs

Anônimo disse...

caramba cara esta
muito foda que isso,
a estoria do cara esta
maneira, e da garota tambem,
mas o nome do livro que eu ja
te disse esta muito,
medonho axo que a histora
não esta combinando com o nome
do livro,
mas a historia como eu disse esta muito maneira
valeu abração lek...


PUmBA!

Dantas disse...

Muito bom seu blog.

Estamos aqui para agradecer seu comentario em nosso blog, e se quiser podemos montar uma parceria do tipo troca de links.

Abraco e sucesso
Equipe Mina de Blogs

Anônimo disse...

Eaê.
Sou o cara que escreve lá no invinoveritas. Infelizmente com uma preguiça matadora de logar...
XD
Vim a convite. ;-)
Eu achei bacana a sua linguagem, o jeito que cê conduz a história. E, pelo visto, cê tá cheio de fã por aí. Continua assim, cara. "Somos poucos, mas nossos corações são fortes"... (Não lembro onde vi isso, acho que no Último dos Moicanos...)
Abração.

Jonatas Tosta disse...

Você me fez ver a importância de encurtar um poucos a história... valeu mesmo, cara. E se houve alguma falha ou simplismente você não gostou, pode mandar mesmo sua opinião!

Visitem esse site.Não irão se arrepender...
http://invinoveritasnews.blogspot.com/

João e Maria disse...

kra ta d+
gostei da parte em q a "menininha" ficou sem pálavras, e estou curioso sobre uma coisa: na votação estava escrito "yure o atirador"... kero ver se esse fato vai se confirmar msm hahahahaha

InVinoVeritas disse...

Bão... eu de novo.
Fui postar uma história hoje de tarde, rapidinho, entre uma coisa e outra, e vi seu comentário.
Vou linkar seu blog amanhã mesmo. Agora tou com aquele sono gostoso...
Tá, agora a crítica. Eu achei interessante o jeito que cê criou o suspense, sem inserir muitos elementos fantásticos na trama. Eu, por exemplo, costumo fazer disso, minhas histórias tão cheias de gente desaparecendo em fumaça, ilusões óticas... todos os chavões de que aprendi a gostar lendo contos fantásticos.
E te juro: se eu não tivesse feito uma aposta comigo mesmo pra ver quantos tipos de elementos diferentes eu consigo inserir (o personagem ali já foi assombrado por uma planta, um copo, um gato, o 11 de setembro, e assim vai...), ia tentar escrever alguma coisa no seu estilo.
Cê faz uma coisa que eu não faço: horror. cê se esforça pra criar um clima. Eu escrevo como vem na cabeça, geralmente de uma sentada só, e, por causa das observações, acaba sempre saindo um terrir, no lugar de um terror.
Aliás, tou até pensando em compilar tudo num .pdf depois. "Histórias de Terrir"... hahaha! Que achou?
;-)
Vou lá. Por milagre, dessa vez digitei meu login pra postar a mensagem. Costumo fazer isso não. Não sei, é uma espécie de aversão à burocracia. Dá menos trabalho pra mim escrever uma lauda que digitar meu login...
Enfim. Amanhã crio uma "central de histórias" pra colocar os blogs que fui conhecendo - o seu no topo, claro - e que lidam com elementos de terror.
Abração.

InVinoVeritas disse...

Altra cosa:
Qual é a da fonte grande?
Eu até não me importo de ler no micro, mas acho que fica meio burocrático mexer no mouse pra terminar um parágrafo. Se cê diminuísse um pouco a fonte, acho que facilitava a leitura. Mas é só uma dica, cada um sabe o design que lhe agrada.
P.S. 2 - 13º post, ali em cima. Tou me sentindo um corvo de mau agouro... Huahuahuahuahua!

Jonatas Tosta disse...

AHAHAHA!
Realmente, é melhor ser o 14º comentário pra não dá azar!
Graças a Deus existe a liberdade de escrita e graças a Satan existem os críticos.

Muitas vezes a preferência das pessoas deve ser condicionada, senão elas nunca absorverão algo de novo, e é esse um de meus objetivos, ir além do Porco Potter ( com todo respeito aos seus amáveis leitores ), revelar feridas cerebrais que as pessoas costumam ignorar... tumores socias que fedem, mas perfumamos sua podridão com celulares caros e partidas de futebol.

A minha história é longa, por isso tenho tempo pra ambientar o leitor. Eu me sinto cada vez mais responsável em escrever um texto cada vez mais convincente e surpreendente, e demoro a publicar por causa disso.

E as letras até hoje eu não entendi o que o pessoal quer, cada um diz uma coisa diferente hehehehehe! Mas o que importa é a qualidade dos textos, depois como tempo o pessoal se acostuma ou acabo aprendendo...

Ademais, valeu mesmo pelo apoio, cara!
E continue com essa qualidade insana essencial em suas histórias!

Anônimo disse...

Cara,vai criar um capítulo a cada mes?
O pessoal acha que o blog acabou ou que você perdeu a fé nele.

Dinamicidade,ritmo...vamos cara
não pode parar com o Carne humana